Três pessoas foram detidas na noite desta quarta-feira (6), depois de um corpo ser localizado enterrado no quintal de uma residência, na cidade de Guaimbê. O crime teria ocorrido na última segunda-feira (4). A ocorrência foi apresentada na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Lins.

De acordo com as informações apuradas pelo Marília Notícia, dos três detidos, somente Luís Henrique Bezerra da Silva, de 29 anos, permaneceu preso acusado pelo homicídio e ocultação de cadáver.

A investigação do caso começou quando a polícia teria recebido a denúncia de que um rapaz havia matado um homem atropelado e colocado o corpo em um carro. A informação também apontava que o cadáver teria sido enterrado no quintal de uma residência.

Policiais militares se deslocaram até o endereço que constava na denúncia e verificaram, pelo lado de fora do imóvel, que havia terra revirada no quintal. A equipe conversou com vizinhos, que informaram que o suspeito, identificado como Luís Henrique, residia no local junto com o seu pai.

O suspeito do crime não foi encontrado na primeira residência visitada pela polícia. Como resultado, os militares foram até a casa de uma mulher de 33 anos, com quem eles sabiam que Silva mantinha um relacionamento amoroso. Ele foi localizado e abordado lá.

Sob interrogatório, o homem confessou o crime e revelou que havia enterrado, no quintal de sua casa (a primeira visitada), o lavrador Adriano Silva Barreto, de 37 anos.

Luís Henrique também afirmou que a mulher com quem mantinha um relacionamento não era sua parceira oficial, mas sim sua amante, e que ela havia participado do crime contra Adriano, que era o marido dela.

VERSÃO DA MULHER

Em depoimento, a suspeita reconheceu que era casada com a vítima e tinha o rapaz como amante. Ela narrou que na última segunda-feira (4) saiu para caminhar com o marido e teve que avisar Luís Henrique que, segundo ela, era muito ciumento.

O relato indica que em certo momento, ela e o marido entraram em uma discussão. A vítima, Adriano, deu a entender que estava ciente do relacionamento extraconjugal e, de acordo com o relato da mulher, chegou a sacar um facão contra ela.

A mulher afirma que começou a correr e a gritar por socorro quando percebeu que um carro se aproximava. O veículo acabou atingindo o marido.

Em uma narrativa confusa, a mulher insistiu que não olhou para trás para testemunhar o acidente envolvendo o marido. Ela mencionou que não tinha certeza, mas suspeitava que o carro era do amante.

Pouco depois, Luís Henrique teria telefonado, convidando-a para ir à sua casa. Segundo o relato da mulher, foi nesse momento que o amante confessou o crime e pediu sua ajuda para ocultar o corpo.

Durante o depoimento, a mulher relatou que recusou o pedido e queria que o homem se entregasse, uma solicitação que não foi atendida.

VERSÃO DO AMANTE

Para as autoridades policiais, o acusado afirmou manter um relacionamento extraconjugal com a mulher há dois anos. Ele alegou que ela frequentemente se queixava de ser vítima de agressões por parte do marido. Segundo o acusado, há três dias, a mulher supostamente perdeu um filho que gerava resultante dessas agressões.

No dia do crime, a mulher teria ligado para o amante, informando que o marido estava embriagado e violento. Ela expressou sua intenção de sair para caminhar, pois não conseguia ter paz com ele por perto, e pediu ao amante que ficasse de prontidão.

De acordo com o acusado, ao avistar a mulher correndo seguida pelo marido, ele deliberadamente o atropelou. Posteriormente, retornou com o veículo e golpeou a vítima na cabeça com um pedaço de pau.

Luís Henrique Bezerra da Silva alega ter compartilhado os detalhes do incidente com a amante. Em seguida, ele cavou uma cova e envolveu o corpo em uma lona. Ainda conforme o rapaz, juntos, ele, a mulher e um adolescente de 17 anos, transportaram o corpo para a cova.

O menor foi ouvido pela polícia e afirmou que Silva também pediu ajuda para ocultar o cadáver, porém, ele se negou a colaborar.

Luís Henrique permaneceu à disposição da Justiça, enquanto a mulher e o menor foram interrogados e liberados.


FONTE: Marília Notícia