Ontem, dia 19 de fevereiro, foi divulgado mais um boletim dos casos de dengue em Garça. Os números mostram que desde o início do ano a cidade já contabiliza 33 casos positivo. Um dado preocupante é o número de suspeitos, que até o dia 18 de fevereiro chegava a 150.  Segundo a Associação Comercial e Industrial de Garça -ACIG, os setores de Indústria e Comércio já estão em alerta, e começam a manifestar preocupação com a epidemia de dengue que atinge várias cidades brasileiras.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Fábio Raniel , lembra os anos de 2018, 2020 e 2022, quando a cidade viveu uma epidemia e os empreendedores enfrentaram muitas tribulações.

“Somamos apenas 33 casos positivos, segundo o setor de Saúde, mas o alerta já acendeu. O número de casos, as contaminações, a epidemia, afetam diretamente a economia. Os setores da indústria e comércio sofrem com casos, desfalques que comprometem linhas de produção e serviços prestados. A ausência dos funcionários, o afastamento por doença envolve a produção, as questões financeiras, os serviços oferecidos. O controle é de responsabilidade de todos”, comentou Raniel.

Segundo ele, há de fato uma preocupação de que as situações vividas em 2018, 2020 e 2022 se repitam. De acordo com Raniel, uma epidemia prejudica, de forma mais acentuada, os pequenos comerciantes.

 “Quando a loja tem dois funcionários e perde um por causa do afastamento pela doença, o impacto é de 50%, prejudicando o atendimento aos clientes. Por isso, mais uma vez, a ACIG tem orientado os lojistas sobre os focos do mosquito aedes aegypti. Temos pedido cuidado com a dengue e atenção para a água parada e outras situações de materiais que chamam a atenção do mosquito. Em caso de dúvidas, orientamos os comerciantes que procurem os agentes de saúde e os serviços públicos. Mais uma vez, lembramos que esse combate é de responsabilidade de todos”, salientou o dirigente, pontuando que  a propagação do mosquito afeta a Saúde Pública e a economia municipal.

“Tem a questão da saúde, o medo, pois a dengue também mata. Então não tem como não pensar nisso. Quem já teve dengue sabe bem os problemas e as dores que sentem. Algumas pessoas chegam a dizer que os sintomas são piores que os da covid.  O fato é que é um ponto preocupante e os afastamentos, como já dissemos, afeta a questão da economia, quer seja com a não oferta dos serviços, com a diminuição da produção e com os ônus trabalhistas”, disse Fábio Raniel.

Para o dirigente é importante que os comerciantes, que os empresários não deixem água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente, como garrafas, pneus, pratos de vasos de plantas, xaxim, bacias e copinhos descartáveis. Que não deixem de tampar caixas d’água, cisternas, tambores, poços e outros depósitos de água. Que olhem atrás das geladeiras, que lavem bem os pratos de vasos de plantas e xaxins, passando um pano ou bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos.

a limpeza das calhas e lajes, bem como de lavar os bebedouros de aves e animais com uma escova.

“São cuidados simples que podem nos livrar do problema. Pedimos também aos comerciantes do segmento que guardem as garrafas vazias de cabeça para baixo, joguem no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafa, lata e tudo o que acumula água. E mantenham sempre o lixo fechado. Na verdade são medidas que toda a população devem tomar, pois evitam a proliferação da dengue e garantem um fluxo econômico normal na cidade”, finalizou Raniel.