O prefeito da cidade de Garça, João Carlos dos Santos, está enfrentando acusações sérias de tentar ludibriar a justiça eleitoral durante sua campanha para a Prefeitura em 2020. Alega-se que João Carlos realizou doações para seu autofinanciamento em montantes que ultrapassaram os limites estabelecidos pela Justiça Eleitoral, levando à rejeição de suas contas.

Para contornar a situação, o prefeito teria adotado uma estratégia duvidosa: transferir parte das doações para o nome de sua esposa. Alegadamente, João Carlos mudou o status de uma conta pessoal para conjunta, afirmando, por meio de seu advogado, que as doações excessivas haviam sido realizadas por sua esposa. No entanto, extratos bancários revelaram que o verdadeiro autor das doações era o próprio candidato.

Ao registrar inicialmente um montante de 40 mil reais, ultrapassando o limite estipulado em R$ 27.682,26, João Carlos posteriormente tentou atribuir 30 mil reais à sua esposa. Os registros mostram claramente que o candidato era o responsável pelas doações. Diante disso, a prestação de contas foi rejeitada pela Justiça Eleitoral.

A defesa do prefeito sustentou a tese de que, devido ao regime de união universal do casal, a doação seria legítima. No entanto, a juíza Claudia Bedotti considerou que houve uma irregularidade ao atribuir as doações a outra pessoa. O juiz Marcio Kayatt destacou sua surpresa com a tentativa do candidato de induzir a corte ao erro. Ele elogiou a postura firme da juíza Bedotti, que não permitiu que a tentativa de enganar a corte passasse despercebida.

FONTE: Jornal o Popular