Aqueles que se recusarem a receber a vacina contra a Covid-19 em Marília, por causa do fabricante ou da marca que está sendo disponibilizada nas ações da Prefeitura, somente poderão voltar para a fila de imunização quando todas as demais faixas etárias já tiverem recebido as doses.
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília anunciou a medida nesta terça-feira (6) e informou que trata-se de uma “decisão técnica”.
A mesma regra já tem sido adotada em diversas cidades brasileiras devido aos recorrentes casos de pessoas que têm rejeitado as vacinas de determinados fabricantes.
Existem relatos de marilienses que estão prestes a receber a aplicação, mas acabam abandonando o local de imunização ao tomarem conhecimento da marca que está sendo disponibilizada na força-tarefa.
A administração municipal também deixou claro que “as marcas/fabricantes das vacinas não serão mais divulgadas” anteriormente.
ESCOLHA
Ao menos quatro marcas diferentes de vacina já foram aplicadas em Marília, inclusive a Janssen – com pouquíssimas unidades -, que exige apenas uma única dose no esquema vacinal.
Certas comodidades, o índice de eficácia e muita boataria têm levado algumas pessoas a preferirem um fabricante em detrimento de outro, apesar da escassez de vacinas de modo geral.
Essa “escolha” coloca o cidadão em risco por mais tempo e atrapalha a organização da administração municipal. Por isso, a orientação é para que a pessoa seja vacinada com o imunizante disponível.
Existe um caso emblemático e recente na cidade que ajuda a contextualizar o problema, que também envolve acirrada disputa pelo agendamento nas páginas da internet para vacinação das novas faixas etárias.
Quando a Prefeitura colocou a possibilidade do mariliense escolher qual tipo de vacina gostaria de receber, a da Pfizer/BioNTech se esgotou em poucos minutos. Já a Coronavac, fabricada pelo Butantan, ainda tinha vagas disponíveis para cadastro até o dia seguinte, data da ação.