O aumento no número de casos de Covid 19, o alto índice de internações em leitos clínicos e na Unidade de Terapia Intensiva e, infelizmente, o aumento no caso de óbitos por complicações da Covid 19 trouxeram novamente um clima de preocupação para a economia. Entre os muitos medos, a preocupação com o fechamento do comércio. A preocupação com um novo lockdown.

O setor de fiscalização tem intensificado as vistorias e buscado coibir, entre muitas ações, as festas clandestinas e, nesse contexto, a Associação Comercial e Industrial de Garça traz orientações para os empresários e comerciantes garcenses.

A Prefeitura de Garça publicou na tarde de ontem ,7, novo decreto endurecendo as medidas restritivas e trazendo à tona, a possibilidade de um lockdown.

“É uma situação difícil, mas temos que saber como conduzi-la. Aos comerciantes, aos empresários, a responsabilidade está em cumprir as regras, as normas foram endurecidas, e cada um tem que fazer a sua parte. Cada um tem que buscar exercer de fato sua cidadania”, falou o gerente da Associação Comercial e Industrial de Garça – Acig – Fábio Dias.

Segundo ele, uma das perguntas mais ouvidas é se o comércio vai fechar, mas esta é uma resposta que ele não tem. 

“O que de fato queremos é que fique aberto e para isso trabalhamos. Ficamos também na torcida para que a situação melhore. Em cidades da região o setor de fiscalização autuou vários estabelecimentos e alguns chegaram a ser interditados. Tudo o que não queremos”, frisou ele.

Segundo o gerente, obedecer as normas ajuda a evitar o agravamento da pandemia com o possível surgimento de novos casos de Covid-19. 

Dias comentou que o Plano São Paulo dá autonomia para que prefeitos aumentem as restrições de acordo com os limites estabelecidos pelo Estado, e, diante do contexto, o prefeito João Carlos dos Santos entendeu que precisava de mais rigor. 

 

Assim as atividades comerciais que tinham liberado o atendimento presencial, entre 6 e 21 horas, com até 40% da capacidade de ocupação do estabelecimento, voltam a funcionar das 9 às 17 horas e com 30% da capacidade de ocupação.

“As atividades religiosas seguem o que o prefeito determinou em decreto. Mas o que queremos dizer é que estamos com um leque de abertura. Os restaurantes e similares, as atividades comerciais, as academias, os salões de beleza, todos tiveram uma mudança no horário de abertura e na capacidade. Então o que orientamos é sobre o uso de máscaras da forma correta, a disponibilização do álcool em gel, verificar o distanciamento. Comércios da região estão sendo autuados em razão de aglomeração, do não uso da máscara, do não distanciamento. São medidas simples, que podem evitar grandes danos”, frisou Dias.

 “Vamos respeitar as normas para o bem comum. O decreto coloca que se em sete dias não tivermos melhora nos indicadores de saúde, as medidas serão mais restritivas, podendo ocasionar o lockdown. Não é o que queremos”, continuou ele, lembrando que as novas medidas estarão em vigor até o dia 21 de junho e, no decorrer do período, poderão ser alteradas, revisadas ou prorrogadas.

O gerente salientou a importância em cobrar de colaboradores e clientes o uso de máscara e o fato de que a distância segura, segundo o novo decreto, é de dois metros entre cada pessoa, inclusive em filas eventualmente formadas no estabelecimento, seja para entrada, atendimento ou pagamento de produtos.

Para Fábio Dias o decreto veio como ‘um balde de água fria’ justamente no momento em que o comércio caminhava, ainda que a passos lentos, para uma recuperação. 

“Estávamos inclusive programando a abertura do comércio para a véspera do Dia dos Namorados, mas infelizmente, temos que recuar. Sei que o comércio não é o responsável pelo aumento de casos, mas as restrições limitam a circulação de pessoas e consequentemente a circulação do vírus. Infelizmente muitos não se atentaram para a gravidade da situação e não interromperam as festas, os encontros, a aglomeração. E aí, todos pagam. Que nos próximos dias a situação melhore e não tenhamos nossas portas comerciais fechadas. Peço aos comerciantes que não se intimidem em cobrar de clientes as medidas, como o uso da máscara e o distanciamento”, finalizou ele