
Com a chegada do frio e o aumento das doenças respiratórias, os hemocentros do país enfrentam um dos períodos mais desafiadores do ano. É justamente nesse cenário que ganha força o Junho Vermelho, campanha nacional que busca conscientizar a população sobre a importância da doação regular de sangue.
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 1,6% dos brasileiros doaram sangue em 2023. O número está dentro do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é de 1% a 3% da população. No entanto, especialistas apontam que o ideal seria que esse percentual chegasse efetivamente a pelo menos 2% ou 3%, para garantir mais segurança nos estoques.
No ano passado, ainda segundo a pasta, foram coletadas mais de 3,2 milhões de bolsas em todo o país até o mês de março, mantendo uma leve tendência de crescimento desde os impactos causados pela pandemia.
O frio, os critérios de triagem, que acabam afastando alguns candidatos, e a falta de informação sobre o processo de doação contribuem para a redução no número de voluntários. Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Saúde e os hemocentros estaduais têm investido em campanhas educativas, no incentivo ao agendamento prévio e na ampliação do acesso com unidades móveis e postos em diferentes regiões.
Para ser doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar em boas condições de saúde e apresentar um documento oficial com foto. Desde 01/11/2024, passou a ser obrigatório informar também o CPF na Hemominas para maior segurança do processo de doação. O intervalo entre as doações é de dois meses para homens e três meses para mulheres.
A orientação é clara: doar sangue precisa se tornar um hábito constante, e não uma ação isolada. É esse compromisso que garante a vida de milhares de pessoas todos os dias.