O Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE) de Garça intensificou a fiscalização para evitar o uso abusivo da água. Lavar calçadas, quintais e carros com mangueiras podem gerar multas de até R$ 876.

O nível do Córrego do Barreiro está muito abaixo no normal. Sem chuvas suficientes para recuperar a crise hídrica gerada pelos longos períodos de estiagem, hoje o principal manancial da cidade opera com uma vazão média de 150 metros cúbicos por hora, ou seja, 30% da capacidade registrada nos últimos anos. Esta situação preocupa e coloca em alerta o SAAE.

O último registro de chuva na cidade foi dia 28 de outubro, com 16,5 milímetros de água. De lá para cá as altas temperaturas e o consumo têm exigido da Estação de Captação e Recalque B1 verdadeiros malabarismos para manter o abastecimento no município.

Segundo o SAAE, não fosse a captação subterrânea do Sistema Aquífero Guarani, Garça já estaria vivendo uma crise sem precedentes.

No entanto, a vazão captada pelo poço, de 200 metros cúbicos/hora é insuficiente para atender toda a cidade.

“Se não houver um consumo consciente, racional e sem desperdícios, teremos sérios problemas daqui para frente. Atualmente, estamos no período seco, o volume de chuva é muito pequeno e o que chove está abaixo da média”, afirma o diretor do SAAE, André Pazzini Bomfim.

Apesar de o SAAE ainda não falar em rodízio ou racionamento da água, a situação já é alarmante. As águas superficiais dos rios, córregos e minas que abastecem a cidade estão secando.

O objetivo do SAAE não é multar os munícipes, mas continuar oferecendo água de qualidade a todos. Para que isto aconteça, é preciso contar com a colaboração de todos no uso consciente da água.